domingo, 15 de fevereiro de 2009

SUPER-HERÓIS


Não fui ao bloco como prometido no post passado. Não por falta de iniciativa, mas porque ao contatar meu primo, este me disse já estar de partida, assim como o resto dos amigos. Foi com grande alívio que recebi a notícia, pois minha disposição em ir beirava a indisposição. A noite porém, não estava perdida, havia a prévia do Enquanto Isso na Sala da Justiça. Tinha R$ 40,00 comigo (troco da compra do ingresso do show do Radiohead [para o qual não sei como vou, pois não tenho dinheiro para passagens, mas isso é outro assunto]) e somente o ingresso para entrar na prévia custava R$ 50,00. Sabia que Beatriz iria estar lá. Então, pedi emprestada a quantia à minha mãe. Arrumei uma fantasia de maracatu com a minha tia e uma carona numa van com meu primo e lá fomos nós. Logo à entrada, fui barrado por estar segurando uma lata de cerveja que não quis desperdiçar por estar quase cheia e, por isso acabei me desvencilhando dos meus amigos e me perdendo deles. E perdido fiquei até o final da festa. Passei dois terços do tempo em que lá estive rodando à procura da turma e nada. Encontrei muitas pessoas que não procurava e me diverti um pouco com cada uma delas. (Me disseram no dia seguinte - hoje - que passei várias vezes a poucos metros de onde a turma estava, mas não nos vimos, mesmo eu estando com uma peruca de maracatu com coloridos e reluzentes fios metalizados. Irônico o destino como só ele sabe ser). Por não ter com quem voltar, parei de beber logo no início(a cerveja estava exorbitantemente cara), temendo ter que pagar sozinho a corrida de táxi da volta.
Nas minhas andanças, percebi que a fantasia de homem das cavernas finalmente começou a sair de moda, pois não vi mais que cinco deles (geralmente eram dezenas). Por outro lado, Welma, da turma do Scooby-doo estava em alta, vi quatro garotas com a fantasia. Outra que fez sucesso esse ano foi a de uma mistura de empregada de saias curtas, com tirolesa, com playmate. Vi umas dez deliciosas figuras. As She-Ras também marcaram presença, cruzei com pelo menos cinco delas. Mendigos eram outros que abundavam.

Neste ano, finalmente a galera dos games aprendeu a beber cerveja. Encontrei Marios (Marias?) Bros., peças de Tetris, lutadores de Street Fighter e Mortal Kombat, Sonic, Luigi, soube de uma turma que foi fantasiada de Mario Kart e o meu próprio primo foi de Shy Guy (inimigo de Mario). Vi alguns guardas de trânsito (homens e mulheres), uns três Batmans (sempre uma fantasia muito bem cuidada), mas ainda bem que eles estavam de folga naquele dia pois a população de curingas (no estilo visual do filme The Dark Knight) estava espantadoramente alta, sem dúvida uma das prediletas da galera. Vi um Elvis e ele estava bem vivo e animado. Vi também, hilário, um anão fantasiado de Mestre dos Magos.

É, pelo menos minha solidão me deu a oportunidade de observar os outros e, principalmente as outras, pois havia muitas super-beldades a transitar pelo espaço, que era climatizado e nunca chegou a ficar insuportavelmente lotado, sendo possível o deslocamento tranqüilo por praticamente todo lugar.

Só fui dançar no final, a incentivo de uma amiga de Bia (que também não a havia encontrado). Ela me empurrou de leve pelas costas e disse “vai, samba, que isto é Brasil”. Tão delicada e meiga ela foi, tão bela a frase, que me permiti dançar umas três músicas com meu samba de robô. Quando olhei pra trás, havia sumido. Isso já eram cinco e meia da manhã.

Resolvi sair e esperar lá fora que alguém conhecido aparecesse, afinal, se havia de encontrar alguém seria na saída, pois só havia uma. E foi no que deu. Encontrei Bia e o Shy Guy e voltamos de táxi juntos. Poderia ter tomado mais 3 cervejas, afinal. Mas não havia como sabê-lo. E a vi. Mesmo que no final. Estava de Superficial (algo que é o oposto do seu alter-ego cotidiano). Nem Batman poderia ter escolhido uma fantasia que escondesse melhor sua verdadeira identidade.
XXXX
Ah, e encontrei Juninho Rocha! Com uma cicatriz enorme na barriga! O resto estava do mesmo jeito inconfundível e inesquecível. Ele me seguiu pra todo canto até o momento de nos perdermos. Depois não mais o vi... vai ver que sua fantasia era de Homem Invisível.

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