terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

IMITANDO EUGÉNIO DE CASTRO


Olhar,olhar, fruto brilhante do espírito. Fio que liga o mundo à alma. Olhar que pode cortar como navalha, pode adoçar como mel, pode agredir ou entender, pode sorrir, pode chorar; que pode mentir (mas que nisto não é lá muito bom, pois olhares não foram feitos para mentir ou esconder, mas para revelar). Aqueles que sabem olhar com os olhos de mentira, estes não os quero. Quero o olhar límpido e cristalino, quero o olhar que traz consigo e à tona o que há por dentro do outro. Não me incomodo que me extraiam pelos meus olhares o mesmo de mim. Não tenho vergonha do que aqui dentro vai, do que aqui dentro passa, do aqui dentro é tudo que sou.

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