quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A LIBIDINOSA GANÂNCIA

É interessante como a ganância é contagiante. Agora que penso em ganhar dinheiro por mim mesmo (sem ser empregado), minhas narinas ficam mais abertas, aguçando o olfato para qualquer nova oportunidade, a cara fica cada vez mais amadeirada, lustrosa e a excitação por prospectar o vil metal torna-se quase libidinosa. Não pretendo ser um ladrão, entretanto. Nem tampouco pretendo ser a mula de carga dos outros. Pretendo ser um negociador justo, que se auto-valoriza e valoriza os produtos que oferece, porque se esforça para oferecê-los com qualidade e valia. Mesmo assim, com estes patamares pré-estipulados, a venenosa ganância ronda e tenta me enganar com seu balé do lucro fácil e irresponsável. É uma dançarina das mais sensuais, mas que não se deitará comigo. Não quero sujar minha cama. É fácil, entretanto, entender porque tantos se inebriam e se apaixonam loucamente. Acho que torno-me relativamente imune somente por minha natureza, que nunca foi de ter a riqueza como meta de vida maior que a tranqüilidade.

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