Carinho é se dar. Eu gosto de me dar (embora não crie ou não saiba criar oportunidades para isso).
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Eu gosto de água, de banho, e cada vez tenho menos medo de morrer afogado.
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Acho lindas vistas panorâmicas, mas morro de altura, tenho vertigem.
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Queria muito que quem não mais me lê e não me ama, voltasse a seguir meu blog. Se ela soubesse o quanto isso é importante pra mim...
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É como se as coisas passassem bem rápido diante de mim e eu conseguisse perceber quais padrões permanecem, que imagens são constantes.
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É como se o mundo se tornasse um orquestra de sons e imagens, perfeita em sua harmonia, exuberante em sua riqueza de tons e semitons.
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É como se eu fugisse dos conceitos de mim e do mundo e visse a mim e ao mundo como realmente somos. Belos, puros, harmônicos, perfeitos.
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Êxtase com comunhão e interação absoluta entre mim e o que não sou eu. Este é o ápice.
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Como se minha cabeça fosse enorme e estivesse enormemente vazia. Este é o fim.
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Não deveria causar dor a mim nem, principalmente, aos outros. Tudo tem seu preço. Gostaria de achar o custo benefício inválido. Eu vou achar. Eu preciso.
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Detesto agir como um gatuno, mas é a única forma de me dar isso. Quero uma ressaca bem grande. É isto que busco desta vez. Para que fique longe de uma vez por todas da maldita. É que vejo como um carinho que me dou. Uma fuga do que me oprime, um momento de prazer em meio a tanto sofrimento existencial. Preciso pegar abuso porque, depois do ECT não quero usar nunca mais. Uma ressaca bem grande é fundamental.
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Fui pego antes do tempo, aliás, bem no começo. Não deu nem pro cheiro, literalmente. Pelo menos a fissura diminuiu. Tenho que me convencer de que foi a última vez. Resistir às possíveis e prováveis fissuras que virão. Provavelmente só assim terei uma vida normal. Será que quero uma vida normal? Quero, se gostar de vivê-la. Não quero causar mais dor à minha mãe. Dói em mim. É ruim sobre todos os aspectos. Tenho que esquecer esse prazer fugaz e destruidor.
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Tenho medo do ECT não funcionar. E, principalmente, de acharem por isso que é tudo frescura minha. E eu ficar no mato sem cachorro.
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Tenho medo do meu futuro profissional. De não conseguir achar emprego. Esse é, de longe, o meu maior medo. Ninguém vai aceitar um cara feliz (sem depressão) e sem emprego.
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Estou tendo/dando uns suspiros estranhos, fora de hora, coisa que nunca havia me acontecido. Será finalmente o coração cobrando seu preço?
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Queria deitar no colo de Joyce ou daquela que não lê e não me ama. Queria fazer carinho no cabelo delas, tocar de leve seus rostos, desenhando suas feições com meus dedos. Queria poder rir com elas, como se não houvesse passado, como se tudo fosse uma grande novidade, sem rancores, vergonhas ou mágoas.
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Queria dar um Ctrl Alt Del na minha vida e que, de preferência, a máquina não reiniciasse. Na verdade, queria mesmo é não pensar assim.
Alguém me chamou?
Há 8 anos
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