quinta-feira, 5 de março de 2009

A VOCÊ QUE LÊ E NÃO ME AMA




Não saberá das risadas perdidas, dos carinhos ao pé do ouvido, do toque na nuca, das conversas e das arengas, das saudades e retomadas, dos abraços apertados, das mãos firmes nas coxas, das mãos firmes umas nas outras, do olhar dentro do olhar refletido. Você que não me ama não saberá das horas de conversa, das mútuas confissões mais embaraçosas, das semelhanças encontradas, das diferenças perdidas, das intimidades conquistadas, dos silêncios, do falar mudo, das pausas, dos sussurros. A você que não me ama não há como saber das peles e dos aromas, das línguas e dos beijos delicados e leves, do colo, ora para um, ora para outro, da cumplicidade, da amizade, da liberdade, do respeito. A você que não me ama há somente a visão da casca e a casca não agrada. Quem dera Deus tivesse me dado melhor embalagem.

XXXX

Não sei se é sua juventude. Acho que sim. Sua alegria também. E sem dúvida a sua beleza. Todas essas coisas que são fúteis e passageiras e que pra mim são tão importantes. Não cresci. Tenho medo de crescer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário