sexta-feira, 8 de maio de 2009

OPINIÕES

Ouvindo Estrangeiro de Caetano. Estou meio travado pelos remédios. Teimo em interpretar no texto daquela que não me ama e não me lê uma menção. Prova de que as palavras têm uma face para cada leitor. Aliás, como é possível haver interpretações tão díspares para um mesmo texto? Como podem ser tão flexíveis as palavras a ponto de se desprenderem da intenção original do autor e ganhar outra vida sob novos olhos? Será impossível escrever algo que seja igualmente compreendido por todos os leitores? A casa é verde. A batata está barata. A partir daí tudo toma um significado transitório, transitando entre os ânimos de cada leitor. Até as leis que são escritas da forma mais clara e precisa possível são passíveis de interpretação. Isso meio que me angustia porque sonho que estou compartilhando a minha visão com o mundo, mas os poucos que me lêem (se alguém) podem ter visões totalmente outras do que escrevo. Como alento, essa mesma flexibilidade me permite interpretar o texto daquela que não me lê e não me ama da forma que mais me apetece. :]

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Será que essa enxurrada de propagandas institucionais sobre posturas ecologicamente corretas das empresas ou de como apóiam a nossa cultura ajuda a formar uma opinião pública mais consciente em relação à preservação ecológica e à preservação das nossas raízes culturais ou o excesso leva à banalização destes temas?

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Existe amor entre homem e mulher sem tesão?

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Será que a poesia está morrendo? E se estiver, que beleza haverá num mundo sem ela?

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A beleza é sempre poética? A mim sempre será. Chamar alguém de popozuda é apoético. O que me leva a crer que a poesia está sendo trocada pela vulgaridade. Ou seja, pela explicitude feia, chata e banal. Me atrai mais o decote que os seios expostos. Que estes se exponham na devida e poética hora.

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Não há nada mais belo que a juventude feminina. Nem mil Rios de Janeiro.

Um comentário:

  1. Oi, cara,

    Eu não acho que a mídia vá levar à banalização desses temas ainda. Entretanto, se for banal será uma coisa boa, pois todo mundo terá como o padrão a existência de uma consciência ecológica e a tradição, por exemplo, o que será legal e benéfico ao meu ver pra a sociedade.
    Banalizar a sexualidade já é outra história. Lembro-me que para mim, nos meus bons e velhos tempos de adolescente, quando sexualidade ainda era novidade, que era mais legal os seios expostos que o decote. è medida que vou ficando velho, devo admitir que concordo com sua afirmação. Não é mais a sexualidade, mas a sensualidade que importa.
    Existe amor entre homem e mulher sem tesão? Claro que sim! Mário você sempre confunde amor com paixão ao meu ver. Amor é mais que o romantismo da paixão. é muito mais e é muito bom, ams de uma forma diferente do romance.
    Não acho que a poesia esteja morrendo. acho que a leitura esteja morrendo que é pior. Poesia existe, mas, à medida que envelhecemos, novamente, percebemos que o mais do mesmo sempre aparece, como os nossos pais costumavam nos dizer quando vínhamos com novas músicas aos seus ouvidos. Acho que poesia sempre existirá e se renovará, mas talvez ela seja expressa de forams diferentes que, talvez, nossas mentes antiquadas já sejam mais capazes de compreender.
    Ei, foi mal não responder aos posts masi antigos. É por que quando escrevo, gosto de fazer o trabalho bem-feito e isso geralmente me toma bastante tempo. Mas é sempre um prazer para mim conversar esses papos contigo, que só você mesmo traz à tona. Sinto falta disso na minha vice aqui em Worcester.
    Abraço.

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